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O que não fazer durante a instalação de pisos?

A instalação de pisos é a principal atividade do azulejista. No entanto, após anos de atuação e de repetição da tarefa, é possível que alguns passos tenham sido esquecidos ou ignorados.

Por isso, reunimos uma lista com as principais práticas que não devem ser desconsideradas durante a realização dessa fase. Continue a leitura para conferir também dicas que colaboram ainda mais com a assertividade da tarefa.

Boa leitura!

Os Impactos Da Falta De Qualidade Na Instalação De Pisos

A qualidade de qualquer tarefa na construção civil é fundamental para o sucesso de todo o projeto, seja apenas em uma reforma ou na obra de um empreendimento. E no caso da instalação de pisos não seria diferente.

Essa atividade está relacionada ao acabamento, muito perceptivo para o cliente. Ao contratar seus serviços, expectativas foram criadas. Ao passo que, se não alcançadas, podem gerar experiências negativas e até uma má reputação mercadológica.

Além disso, a falta de qualidade na instalação de pisos pode causar acidentes durante o processo e após a entrega dos mesmos. Afetando diretamente a vida dos usuários.

A segurança é fundamental para o bem-estar e conforto do seu cliente. Assim como para a sua própria integridade física. Sendo assim, a qualidade também está relacionada à proteção e à preservação da saúde.

Segundo dados mais recentes da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), ocorrem, em média, 549,405 acidentes de trabalho em todo o país. Na construção civil, foram 30.025, o mesmo que 5,46% de todos os casos.

O Desplacamento É A Maior Causa De Insatisfação Dos Clientes

A falta de qualidade durante o assentamento de piso, na maior parte das vezes, é vista pelo desplacamento de revestimento. É uma avaria muito comum no setor, sendo a principal causadora da insatisfação dos clientes.

Essa não é uma adversidade sem solução. Mesmo assim, o ideal é evitá-la para eliminar qualquer transtorno, prejuízos e custos na obra

Conforme os dados mais recentes do SindusCon-SP, 20,7% das construtoras contam com problemas de desplacamento cerâmico em suas obras. E, em 81,4% dos casos, ele surgiu até o segundo ano após a aplicação do revestimento.

Esses são dados que podem ser facilmente aplicados à realidade do azulejista. E, infelizmente, essa avaria tende a ser comum por diferentes fatores que veremos a seguir. Logo, são dicas valiosas para evitar a insatisfação dos clientes.

O Que Não Fazer Durante O Assentamento De Pisos?

Como vimos, a falta de qualidade que gera o desplacamento durante a instalação de pisos é, infelizmente, um problema ainda muito comum no setor. E há alguns fatores responsáveis por impedir o sucesso das atividades.

Os principais referenciam-se aos erros na execução, como, por exemplo, a má preparação da argamassa e junta, soltando as placas.

No entanto, há também a falta de atenção às especificações dos materiais, falhas no projeto, presença de umidade e falta de preparação do contrapiso. Além do uso de técnicas e ferramentas incorretas e ultrapassadas.

Em resumo, a execução inadequada, inexperiente e sem o apoio dos equipamentos certos são os principais responsáveis pela soltura das placas.

Por isso, reunimos todos os fatores que colaboram para o aparecimento desses problemas nessa etapa e que, portanto, devem ser evitados. Confira!

1 Não Avaliar O Contrapiso

O primeiro dos grandes erros durante a instalação de pisos está relacionado à falta de avaliação do contrapiso. É extremamente importante se atentar a esse cuidado para garantir a correta adesão das placas, evitando o desplacamento.

Logo, avalie a preparação do contrapiso. O ideal é que ele não seja completamente liso, mas, tenha uma superfície áspera. Também é essencial avaliar a existência de irregularidades nesses locais, como furos ou poças.

Segundo a NBR13753, “o assentamento das placas cerâmicas deve ocorrer após um período mínimo de cura da base ou do contrapiso. No caso de não se empregar nenhum processo de cura, o assentamento deve ocorrer no mínimo 28 dias após a concretagem da base ou 14 dias após a execução do contrapiso”.

2 Não Estudar O Local De Instalação

A instalação de pisos é um processo que começa antes mesmo do assentamento, tornando fundamental a atenção nos detalhes para promoção do perfeito andamento da atividade.

Para isso, deve-se realizar a avaliação do local de instalação além do contrapiso. Ou seja, averiguar se o local está limpo e livre de objetos que possam causar a falta de qualidade, como poeira e pedras. Com isso, evita-se a perda de material, o aumento de custos e os retrabalhos.

Não deixe de avaliar o esquadro do ambiente. O ideal é que a angulação entre as paredes e pisos, após o reboco, chegue a 90º. Em paralelo, analise o caimento para o correto escoamento da água, não atrapalhando a movimentação da porta, por exemplo.

Por fim, o cuidado com a paginação das peças durante a instalação de pisos. Afinal, ela será a responsável por ajudar a prever a necessidade de recortes e, consequentemente, por onde será iniciado o assentamento.

Uma boa dica é pensar na paginação considerando que o processo deverá começar pelo fundo do cômodo para a porta. Dessa maneira, evita-se que pisem nas peças que acabaram de ser assentadas quando for necessário sair e entrar do espaço.

Depois, construa uma linha mestra de peças para facilitar a sequência e auxiliar no assentamento das demais.

3 Não Preparar A Argamassa Corretamente

A preparação incorreta da argamassa é uma das principais vilãs da instalação de pisos.  Afinal, é a responsável por garantir a perfeita aderência das peças às superfícies.

Sendo assim, é importante seguir as instruções e recomendações do fabricante quanto ao modo de preparo e uso. Sempre haverá especificações relacionadas a quantidade ideal de água e o intervalo de tempo de uso, por exemplo.

Cabe ressaltar que o tempo em aberto da argamassa é um fator que deve ser considerado com muita atenção. Para a perfeita aderência, o ideal é que sejam preparadas pequenas quantidades para gerar a aplicação simultânea do revestimento e evitar a ultrapassagem desse tempo indicado.

Caso contrário, ela irá endurecer e não será possível colocar mais água para deixá-la maleável de novo. Isso não só prejudicará a eficiência da atividade como causará perda de material e aumento de custos

Ainda nessa fase é possível utilizar o misturador de argamassa para tornar o material mais homogêneo e resistente. Essa ferramenta assegura produtividade e qualidade graças à agilidade do processo com sua excelência.

Devido ao seu dinamismo, é possível misturar materiais líquidos e fibrosos, promovendo uniformidade, redução de custos e eliminação de desperdícios.

4 Não Se Preocupar Com O Alinhamento Das Peças

Não se preocupar com o alinhamento das peças é o mesmo que realizar esse processo pela metade. A instalação de piso sem o correto nivelamento é a fórmula perfeita para causar acidentes, quebras de peças e desplacamento.

Por isso, use os acessórios corretos e garanta o nivelamento entre as peças. Essa atividade é importante para a estética do ambiente, assim como para o desempenho do processo final.

Dessa forma, quando a peça estiver próxima da sua posição final, é necessário realizar o alinhamento com ajuda de um sistema composto por espaçadores, cunhas e alicates de aplicação.

5 Não Usar Ferramentas Atualizadas

Por último, o que você não deve fazer durante a instalação de pisos é não usar ferramentas desatualizadas ou com a integridade comprometida.

A utilização de ferramentas, acessórios e equipamentos inadequados afeta diretamente a qualidade e ocasiona falhas constantes e retrabalhos.

Usar os instrumentos apropriados é importante para a funcionalidade da instalação de pisos e também para assegurar o bom estado de conservação deles.

O uso de ferramentas inovadoras, modernas e íntegras promove segurança operacional, economia, produtividade e assertividade.

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